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Projeto Caatinga

Germinação

A germinação das sementes de Baraúna é do tipo epígea, com cotilédones de coloração esverdeada, raiz primária de consistência sublenhosa e as raízes secundárias de coloração marrom castanho, curtas e pouco ramificadas (SILVA, 2014). Para facilitar a germinação, há alternativas para superação de dormência, como, por exemplo, a escarificação ácida e escarificação mecânica (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2008) ou apenas a imersão dos frutos em água durante 48 horas (CARVALHO, 2009).

Armazenamento

Em estudo realizado por Dantas et al. (2008), com foco no armazenamento em diferentes embalagens e ambientes, constataram que, após um período de 24 meses de armazenamento, as sementes de baraúna apresentam bons índices de germinação. Para verificação, as sementes foram armazenadas em sacos plásticos e em sacos de papel e mantidas em câmara fria e em temperatura ambiente. As sementes em sacos de papel apresentaram alta germinação até 12 meses de armazenamento quando mantidas em temperatura ambiente, enquanto as sementes acondicionadas em sacos plásticos apresentaram resultados positivos quando armazenadas em câmara fria. Resultados similares foram descritos por Lima et al. (2008) e Brito et al. (2020).

Sanidade de semente

Silva (2014) registrou a incidência de Aspergillus niger, Chaetomium sp. e Penicillium sp. em sementes da baraúna. Em estudos sobre fungos em plantas nativas da Caatinga, Oliveira et al. (2014) descreveram que o gênero Oidium sp. está diretamente associado as manchas foliares encontradas na espécie durante a fase muda.

 Referências

BRITO, L. P. S.; BEZERRA, T. T.; NUNES, E. M. B.; CAVALCANTE, M. Z. B.; SIQUEIRA FILHO, J. A. Tempo de armazenamento e temperatura no comportamento germinativo de Schinopsis brasiliensis Engler. Nativa, v. 8, n.  4, 2020, 552-557 p.

CARVALHO, P. E. R. Braúna-do-Sertão – Schinopsis brasiliensis. Circular Técnica, 222, Embrapa Florestas, 2009, 1-13 p.

DANTAS, B.; LOPES, A.; LÚCIO, A.; SILVA, F. F. S.; SOUZA, Y. A. Armazenamento de sementes de baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl., Anacardiaceae) em diferentes embalagens e ambientes. In Embrapa Semiárido-Resumo em anais de congresso (ALICE). In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 59.; REUNIÃO NORDESTINA DE BOTÂNICA, 31.; CONGRESSO LATINOAMERICANO Y DEL CARIBE DE CACTÁCEAS Y OTRAS SUCULENTAS, 4.; CONGRESS OF INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR SUCULENT PLANT STUDY, 30., 2008, Natal. Atualidades, desafios e perspectivas da botânica no Brasil: anais. Natal: UFERSA: UFRN: SBB, 2008.

LIMA, V. V. F.; VIEIRA, D. L. M.; SEVILHA, A. C.; SALOMÃO, A. N. Germinação de espécies arbóreas de floresta estacional decidual do vale do rio Paranã em Goiás após três tipos de armazenamento por até 15 meses. Biota Neotrop, v. 8, n. 3, 2008.

OLIVEIRA, G. M.; ANGELOTTI, F.; SANTOS, M. H. L. C.; PINHEIRO, G. S.; COSTA, D. C. C.; DANTAS, B. F. Levantamento de fungos em plantas nativas da Caatinga. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, v. 7, n. 3, p. 458-465, 2014.

 OLIVEIRA, M. C. P.; OLIVEIRA, G. J. Superação da dormência de sementes de Schinopsis brasiliensis. Ciência Rural, v. 38, n. 1, p. 251-254, 2008.

SILVA, E. D. O. Fenologia, qualidade de diásporos e micropropagação de baraúna (Schinopsis brasiliensis Engler.). Tese (Doutorado em Agronomia) – Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2014.

10 de setembro de 2020. Visualizações: 1191. Última modificação: 11/09/2020 07:53:16