Início do cabeçalho do portal da UFERSA

Projeto Caatinga

Descrição sumária

Árvore de tronco reto, alta com larga copa e ramos finos. Altura de 5-20 m de altura na Caatinga e Cerrado, podendo atingir 30 m e cerca de 1 m de diâmetro em florestas pluviais  (MAIA, 2012). Bem conhecida devido às suas propriedades farmacológicas (MAIA-SILVA et al., 2012).

Copa de indivíduo jovem de Aroeira.

Nomenclatura científica

Astronium urundeuva (Allemão) Engl. pertencente ao gênero Myracrodruon Allemão, a família Anacardiaceae R. Br., basinômio Myracrodruon urundeuva Allemão (TROPICOS.ORG, 2020).

Nome comuns

Conhecida popularmente no sudeste como Aroeira preta, Almecega, Pandeiro, Aroeira-do-cerrado, Aroeira-do-sertão, Urindeuva. No centro-oeste e sudeste como Urundeuva e no Nordeste como Aroeira (LUZ et al., 2020). Algumas aves utilizam essa espécie como abrigo e uma delas, a arara, deu origem ao nome “Aroeira” que vem da abreviação de “araroeira”, que é uma junção de “arara” e a terminação “eira” (MAIA, 2012).

Importância cultural/econômica

É uma das espécies de plantas nativas com forte uso na medicina popular como adstringente, balsâmica, analgésica, cicatrizante, anti-inflamatória, antibacteriana. Aplicada em diversos tratamentos contra inflamações (PAREYN et al., 2018). A utilização de frutos, folhas, cascas ou outras partes da planta devem ser efetuada com cautela, pois apresentam pequenas quantidades de alquil-fenois, que podem causar dermatite alérgica em pessoas sensíveis (CAMILLO, 2018 ). Cascas e resina são usadas para a produção de tanino, corantes e remédios; Folhas como forragem para bovinos; As flores são melíferas.  (PAREYN et al., 2018).

Importância ecológica

Tem grande importância ornamental, na arborização urbana, além do uso na recuperação de áreas degradadas (PAREYN et al., 2018). Apesar da sua indicação e potencial paisagístico, só pode ser utilizada nas áreas verdes sem acesso público, pela possibilidade de causar reações alérgicas (HENRIQUES; VICHIATO; VICHIATO, 2018). Suas Flores produzem néctar em abundancia que atraem muitas espécies de abelhas nativas, sendo produzido um mel saboroso e muito apreciado. Além de o néctar ser um atrativo, a resina, proveniente de lesões na casca, também é coletada pelas abelhas. Tem sua grande importância, pois na estação seca apresenta recursos florais fundamentais na alimentação de alguns insetos (MAIA-SILVA et al., 2012).

Fenologia

O Projeto Caatinga monitora 10 indivíduos de Aroeira em área de reserva legal no município de Upanema – RN. Em resultados preliminares a respeito das fenofases brotação e desfolhamento, observou-se que a perda de folhas é crescente nos meses finais da época mais chuvosa, na Caatinga, passando longo período desfolhando, brotando de novembro a fevereiro, em média. Tem picos de frutificação no meio do inverno e começo da primavera.

Monitoramento de 10 indivíduos de Aroeira em área de Reserva legal, Upanema, RN.

Distribuição geográfica

É nativa, porém, não é uma espécie endêmica do Brasil. Ocorre em todas as regiões do país, sendo em todos os estados do Nordeste, Centro-Oeste (exceto DF), Sudeste, Sul e alguns estados da região Norte (Acre, Rondônia e Tocantins). Presente nos domínios fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal. (LUZ et al., 2020).

Referencias

CAMILLO, J. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade. – Brasília, DF: MMA, pág. 401-412, 2018.

HENRIQUES, L. C. M.; VICHIATO, M. R. M.; VICHIATO, M. Conservação de espécies florestais protegidas ou ameaçadas de extinção em Belo Horizonte, MG. Tecnol. & Ciên. Agropec, João Pessoa, v.12, n.2, p.15-24, jun. 2018.

LUZ, C.L.S.; MITCHELL, J.D.; PIRANI, PELL, S.K. Anacardiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB115185>. Acesso em: 05 jun. 2020.

MAIA-SILVA, C.; SILVA, C. I.; HRCIR, M.; QUEIROZ, R. T.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. Editora Fundação Brasil Cidadão, Fortaleza-CE, 1. Ed. 2012.

PAREYN, F. G. C.; ARAUJO, E. L.; FRUMMOND, M. A.; MIRANDA, M. J. C.; SOUZA, C. A.; SILVA, A. P. S.; BRAZOLIN, S.; MARQUES, K. K. M. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade. – Brasília, DF: MMA, pág. 766-772, 2018.

TROPICOS. Myracrodruon urundeuva Allemão. Disponível em:< http://legacy.tropicos.org/name/1300765 >. Acesso em: 05 mai. 2020.

16 de junho de 2020. Visualizações: 6063. Última modificação: 22/11/2021 10:52:25