O Projeto Caatinga realiza diversos trabalhos de pesquisa com sementes de Jurema-de-embira. Segue resultados parciais obtidos:
Germinação
As sementes coletadas de sete matrizes do entorno de Mossoró em 2017 todas tiveram acima de 95% de germinação em rolo da papel, com média de 98%.
Armazenamento
Após seis meses de armazenamento, as sementes tinham em média 95% de germinação, tanto em câmara fria quanto em temperatura ambiente, em diferentes tipos de embalagens.
Sanidade de sementes
Em análise da sanidade de sementes de M. ophthalmocentra, pesquisadores do Projeto Caatinga identificaram os fungos dos gêneros Aspergillus, Cladosporium e Rhizoctonia (Figura 01 e 02), e compararam a incidência desses microrganismos nas sementes com e sem desinfestação superficial.
As sementes desinfestadas apresentaram o fungo Aspergillus flavus, com incidência de 50 % já as não desinfestadas, apresentaram os fungos A. flavus com maior incidência (52 %) seguidos por Aspergillus niger (14 %), Rhizoctonia (5 %), e com menor incidência Cladosporium sp. (1%). A desinfestação superficial das sementes reduziu a diversidade de fungos para essa espécie.
Os fungos Cladosporium e Rhizoctonia podem causar doenças em algumas espécies, provocando manchas foliares e podridões. Eles já foram observados em algumas espécies florestais nativas, como Angico (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart), Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) e Canafístula (Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.) (SENEME, 2012;LEITE, 2013).
Referências
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LEITE, R. P. et al. Estratos vegetais no controle de fungos em sementes de sabiá – Mimosa caesalpiniaefolia Benth. Scientia Plena, Alagoas, v. 8, n. 4, 2013.
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SENEME, A. M. et al. Germinação, qualidade sanitária e armazenamento de sementes de canafístula (Peltophorum dubium). Revista Árvore, Viçosa, p. 01-06, 2012.