Descrição sumária
A jurema branca é uma espécie endêmica da Caatinga que possui comportamento invasor e, portanto, é comum que seja encontrada em terrenos secos e de baixa fertilidade tais como margens de estrada.
Nomenclatura científica
A espécie Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke pertence à família Fabaceae Lindl (FORZZA, 2010), sendo seu basiônomio Piptadenia communis var. stipulacea Benth. (TROPICOS, 2017). De acordo com a classificação mais recente, APG III, baseada em características filogenéticas, a espécie P. stipulacea encontra-se dentro da classe Equisetopsida C. Agardh, sub classe Magnoliidae Novák ex Takht., superordem Rosanae Takht., ordem Fabales Bromhead; família Fabaceae Lindl. e gênero Piptadenia Benth. (TROPICOS, 2017). P. stipulacea apresenta como sinônimos Piptadenia communis var. stipulacea Benth. e Pityrocarpa stipulacea (Benth.) Brenan (TROPICOS, 2017).
Nomes comuns
Segundo Lorenzi (2014) a espécie, popularmente conhecida na caatinga como Jurema branca, também é vulgarmente conhecida como, carcará, cassaco, jurema, rasga-beiço e saia-velha.
Importância cultural/econômica
A Jurema branca devido a madeira, de pequenas dimensões, é indicada apenas para pequenas construções, estacas, lenha e carvão (LORENZI 2014). No período de estiagem, suas folhas caídas e partes das cascas do tronco servem de alimento para os ruminantes que se alimentam nas pastagens nativas da Caatinga (GOMES, 2015).
Importância ecológica
Planta pioneira, heliófita e seletiva xerófita, característica exclusiva da caatinga do Nordeste brasileiro, ocupando capoeiras e beira de estradas. Possui comportamento de invasora; tolera terrenos secos e de baixa fertilidade natural, razão pela qual ocorre em alta frequência com ampla dispersão por toda a região (LORENZI, 2014).
Fenologia
O Projeto Caatinga faz o acompanhamento fenológico de 10 indivíduos de Jurema branca na Fazenda Rafael Fenandez, Mossoró, RN.
Distribuição geográfica
P. stipulacea é uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo na região nordeste nos estados da Bahia, Pernambuco, Paraiba, Piauí (TROPICOS, 2017; CNIP, 2017a). De acordo com Flora do Brasil (2017) as ocorrências confirmadas no Brasil são nas regiões Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) e, quanto aos domínios fitogeográficos a espécie ocorre na Caatinga.
Referências
- TROPICOS. Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Disponível em:<http://www.tropicos.org/Name/13036820>. Acesso em 02 mai. 2017.
- LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2014. 384 p.
- GOMES, L. H. dos S. Desenvolvimento inicial de Piptadenia stipulacea em diferentes tipos e usos do solo da Caatinga.2015. 70 f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal: Pastagem e Forragicultura)-Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 2015.
- FORZZA, R. C. Lista de espécies Flora do Brasil. Disponível em:< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010>. Acesso em 05 março 2017.