Descrição sumária
Árvore de pequeno porte com altura ente 3 e 8 m, copa pouco densa com ramos não muito longos, tem potencial etnofarmacológico para produção de remédios caseiros, pois possui propriedades anti-inflamatórias, antidiabéticas, além de atividades antioxidante. Pode ser utilizada também em programas de recuperação de áreas degragadas (MAIA, 2012; NEMA, 2020).
Nomenclatura científica
Do gênero Bauhinia L., a espécie Bauhinia cheilantah (Bong.) Steud. pertence à família Fabaceae Lindl., classe Equisetopsida C. Agardh, subclasse Magnoliidae Novák ex Takht., superordem Rosanae Takht., ordem Fabales Bromhead, sinonímia botânica Bauhinia cheilantha (Bong.) D. Dietr., Bauhinia cheilantha (Bong.) Walp., Bauhinia aromática Ducke, Pauletia cheilantha Bong. (TROPICOS, 2020).
Nomes comuns
Mororó, Mororó-verdadeiro, Pata-de-vaca, unha-de-vaca (MAIA, 2012).
Importância cultural/econômica
Usada como fonte alternativa de renda para as comunidades, pois podem se beneficiar do seu grande potencial como forrageira, por possuir alto teor de proteína. Sua madeira é utilizada em construções, cercas e como combustível. O mororó possui papel importante no combate a diabete e de altas concentrações de colesterol. A espécie serve para enriquecer pastagens, capoeiras e áreas degradadas e em sistemas agroflorestais, seu sistema radicular ajuda no controle da erosão (MAIA, 2012; NEMA, 2020).
Importância ecológica
Maia (2012), fala que a espécie ocorre preferencialmente em solos férteis, argilosos e em áreas com pluviosidade não muito baixa, enriquece o solo com nitrogênio.
Fenologia
De acordo com Maia (2012) o mororó perde suas folhas na estação seca, voltando a rebrotar totalmente após o inicio das chuvas. O Projeto Caatinga monitora a fenologia de 10 indivíduos de Mororó na Fazenda Experimental da Universidade Federal Rural do Semi-árido, Mossoró, RN, onde foi observado que os indivíduos acompanhados iniciaram sua brotação na estação da seca.
Distribuição geográfica
Com ocorrência em todo o nordeste, a espécie também ocorre no centro-oeste nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do sudeste nos estados de Minas Gerais e São Paulo (VAZ, 2020). Podendo ocorrer também na Bolívia e no Paraguai (TROPICOS, 2020).
Referencias
MAIA, Guerda Nickel. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. 2. ed. Fortaleza: Printcolor Gráfica e Editora, 2012. 413 p.
NEMA, Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental. Espécie do mês: mororó. [S. l.], 25 mar. 2020. Disponível em: https://www.nema.univasf.edu.br/site/index.php?page=newspaper&record_id=55#:~:text=Bauhinia%20cheilantha%20%C3%A9%20uma%20leguminosa,seu%20grande%20potencial%20como%20forrageira. Acesso em: 11 abr. 2021.
TROPICOS. Bauhinia cheilantah (Bong.) Steud. Disponível em: https://tropicos.org/name/13027233. Acesso em: 10 abr. 2021.
Vaz, A.M.S.F. 2020. Bauhinia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82659>. Acesso em: 10 abr. 2021