Descrição sumária
Bignoniaceae, a família do Ipê-roxo, é de distribuição pantropical, com cerca de cento e vinte gêneros e oitocentas espécies. O Ipê-roxo, ou Handroanthus impetiginosus, é uma espécie conhecida nacionalmente por sua exuberância e belas flores que se destacam pela cor vibrante.
Nomenclatura científica
Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.) Mattos, da família Bignoniaceae (TROPICOS, 2017), possui as seguintes sinonímias: Tecoma impetiginosa, Handroanthus avellanedae, Tabebuia avellanedae, Tabebuia dugandii, Tabebuia ipe, Tacoma avellanedae, Tabebuia impetiginosa (LOHMANN, 2012).
Nomes comuns
A espécie é conhecida popularmente como ipê-roxo, pau-d’arco-roxo, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-preto, pau-cachorro, ipê-de-minas, ipê-roxo-do-grande, piúna e piúna-roxa (GO, MT) (LORENZI, 2009).
Importância cultural/econômica
A madeira do Ipê-roxo é utilizada para fabricação de móveis, mourões e assoalhos finos (LORENZI; MATOS, 2002). Devido a exuberância de sua floração, a espécie é muito utilizada em projetos paisagísticos e na arborização de vias urbanas. Portanto, a espécie tem sido utilizada em trabalhos de restauração de ecossistemas florestais e de paisagismo. Cabe ressaltar que a utilização de sementes nestes processos é de grande importância, visto que sua propagação se dá prioritariamente por via sexuada (GEMAQUE; DAVIDE; FARIA, 2002).
Importância ecológica
O Ipê-roxo apresenta plasticidade quanto à variação de água e luz, favorecendo a sobrevivência e o estabelecimento da espécie em ambientes subótimos para o máximo crescimento das plântulas e considerável colonização micorrízica. H. impetiginosus apresenta recuperação fotossintética total após severo estresse hídrico. O estresse hídrico afeta também sua transpiração e condutância estomática, com a diminuição dessas variáveis. Porém, a recuperação é rápida após reidratação, demonstrando eficiência instantânea e intrínseca na utilização da água sob estresse hídrico (DOMBROSKI et al., 2014).
Fenologia
A espécie Handroanthus impetiginosus floresce durante no período de maio a agosto com árvore totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir de meados de setembro até outubro (LORENZI, 2009). Em relação a queda foliar, esta antecede a floração, e se apresenta no outono, se estendendo até o final do inverno (SANTOS; FISCH, 2013).
Distribuição geográfica
O Ipê-roxo ocorre desde o Piauí e Ceará até Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tanto na mata pluvial atlântica como na floresta semidecídua. Ocasional mente ocorre no Cerrado e na Caatinga (LORENZI, 2009). A espécie é caducifólia ocorrendo tanto na mata pluvial atlântica como na floresta semidecídua (LORENZI; MATOS, 2002) abrangendo os domínios da Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado (LOHMANN, 2012).
Referências
- DOMBROSKI, J. L. D. et al. Ecophysiology of water stressed (Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex. DC) Mattos) seedlings. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 42, n. 101, p. 155-163, 2014.
- LOHMANN, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2012.
- GEMAQUE, R. C. R.; DAVIDE, A. C.; FARIA, J. M. R. Indicadores de maturidade fisiológica de sementes de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl.). Revista Cerne, Lavras, v. 8, n. 2, p. 84-91, 2002.
- LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivos de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, vol.2. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2009. 384p.
- Alegre: HBR/SUDESUL/SAA-DRNR, 1988. 525p.
- SANTOS, C.; FISCH, S. T. V. Fenologia de espécies arbóreas em região urbana, Taubaté, SP. Revista Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 8, n. 3, p. 01-17, 2013.
- TROPICOS. Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Disponível em <http://www.tropicos.org/Name/13036820>. Acesso em 02 mai. 2017.