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Projeto Caatinga

Descrição sumária

Espécie da flora brasileira, característica da vegetação de caatinga e do cerrado, ocorrendo em altitudes desde o nível do mar até 1500 m, com abundante floração amarela.

Foto de Natália Isabel Lopes Quirino / Copa florida de indivíduo de Craibeira

Nomenclatura científica

A craibeira é o nome comum mais conhecido na Caatinga para a espécie Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore. A espécie pertence a família Bignoniaceae. De acordo com o APG III (2009) a espécie é classificada na Classe Equisetopsida C. Agardh, subclasse Magnoliidae Novák ex Takht., superordem Asteranae Takht. e ordem  Lamiales Bromhead. Seu nome anterior era Bignonia aurea Silva Manso

Foto de Natália Isabel Lopes Quirino / Indivíduo adulto de Craibeira.

Nomes comuns

A espécie possui diversos nomes populares a saber: craibeira, caraiberia, ipê-amarelo-craibeira, ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca (LORENZI, 1992).

Importância cultural/econômica

A madeira da Craibeira é pesada e flexível, apodrece facilmente e é usada na fabricação de papel, artigos desportivos, cabos de vassouras e obras externas. Devido a gama de boas características das árvores dessa espécie, há um grande interesse econômico e madeireiro para sua utilização (SANTOS; SUGAHARA; TAKAKI, 2005). As folhas tostadas podem ser utilizadas como estimulante e podem substituir a erva-mate no preparo do chimarrão.

Importância ecológica

A craibeira, espécie heliófita, ou seja, adaptada ao crescimento em ambiente aberto ou exposto à luz direta, é também decídua perdendo as folhas em determinada época do ano. Ecologicamente, pertence ao grupo das espécies secundárias iniciais. Abrange a Floresta Pluvial da Mata Atlântica e da Floresta Latifoliada Semidecídua (DURIGAN e NOGUEIRA, 1990).

Fenologia

A craibeira é uma espécie caducifólia e a queda de suas folhas coincide com o período de floração. A floração inicia-se no final de agosto, podendo ocorrer alguma variação devido a fenômenos climáticos. A espécie frutifica nos meses de setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, dependendo da sua localização. Em cultivo, a espécie inicia o processo reprodutivo após o terceiro ano (CARVALHO, 2003).

Distribuição geográfica

A espécie ocorre no Cerrado, Caatinga, Amazônia e Pantanal, embora com características morfológicas diferentes, nos estados de Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (LORENZI, 2009).

 

Referências

  1. APG III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants. APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161: 105–121.
  2. CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília/Colombo: Embrapa Informação Tecnológica & Embrapa Florestas. p. 1-15. 2003.
  3. DURIGAN, G.; NOGUEIRA, J. C. B. Recomposição de matas ciliares. IF Série Registros, n. 4, p. 1-14, 1990.
  4. SANTOS, D. L.; SUGAHARA, V. Y.; TAKAKI, M. Efeitos da luz e da temperatura na germinação de Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich., Tabebuia chrysotricha (Mart. ex Dc.) Standl. e Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. – Bignoniaceae. Ciência Florestal, Santa Maria, v.15, n.1, p. 87-92, 2005.
  5. LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivos de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, vol.2. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2009. 384p.
19 de dezembro de 2018. Visualizações: 66829. Última modificação: 01/10/2021 11:27:48