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Projeto Caatinga

Indivíduo de Angico na zona rural de Mossoró-RN.

Descrição sumária

O Angico é uma árvore que se caracteriza por apresentar rápido crescimento e cujas flores brancas costumam atrair abelhas produtoras de mel.

Nomenclatura científica

De acordo com Carvalho (2007), a taxonomia de Anadenanthera colubrina obedece a seguinte hierarquia: divisão – Magnoliophyta (Angiospermae); classe – Magnoliopsida (dicotiledonae); ordem – Fabales; família – Mimosaceae (Leguminosae Mimosoideae); espécie – Anadenanthera colubrina (Vellozo). Sinonímia botânica: Acacia colubrina Martius; Anadenanthera colubrine (Vellozo) Brenan; Mimosa colubrina Vellozo; Piptadenia colubrina (Vellozo) Bentham.

Nomes comuns

Possui diversas nomenclaturas a depender da localidade: Angico, na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo; angico-branco-liso, curupaí e curupaíba, no Estado de São Paulo; angico-vermelho, no Paraná; e no Estado do Rio de Janeiro, aperta-ruão.

Importância cultural/econômica

Espécie útil para a construção civil, obras hidráulicas, confecção de dormentes, tabuado, podendo ainda ser utilizada para arborização de parques e praças e plantio em florestas mistas destinadas a recomposição de áreas degradadas de preservação. Além disso, o angico-branco é uma planta com potencial apícola e medicinal (CARVALHO, 2003).

Importância ecológica

Anadenanthera colubrina (Vell.) é uma planta decídua, heliófila, tolera sombreamento leve na fase juvenil, pioneira ou secundária inicial, possui rápido crescimento, vegeta indiferentemente à sombra ou ao sol, em solos secos e úmidos, preferindo solos férteis e profundos, com grande adaptabilidade a diferentes tipos de solos; tolera solos rasos e compactados, porém, não gosta de solos inundados (MAIA, 2004)

Fenologia

O Projeto Caatinga monitora 10 indivíduos de Angico em área de reserva legal no município de Upanema – RN.

Acompanhamento fenológico de 8 indivíduos de Angico na Fazenda Baixa da Oiticica, Upanema, RN.

Distribuição geográfica

O Angico é encontrado em distintas fitofisionomias do Cerrado e outros biomas brasileiros, principalmente em floresta estacional decidual, além da Caatinga arbórea (PEGADO et al., 2006) e em partes secas calcárias do Pantanal (POTT; POTT; DAMASCENO JÚNIOR, 2009). Lorenzi (2008), cita a ocorrência da espécie desde o Maranhão até o Paraná e Goiás, na floresta pluvial situada em altitudes superiores a 400 m.

 

Referências

  1. CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília/Colombo: Embrapa Informação Tecnológica & Embrapa Florestas. p. 1-15. 2003.
  2. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2008. 384 p.
  3. POTT, A.; POTT, V. J.; DAMASCENO JÚNIOR, G. A. Fitogeografia do Pantanal. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 9, 2009, São Lourenço. Anais… Sociedade de Ecologia do Brasil: São Lourenço, 2009, p. 1-3.
  4. PEGADO, C. M. A. et al. Efeitos da invasão biológica de algaroba – Prosopis juliflora (Sw.) DC. sobre a decomposição e a estrutura do estrato arbustivo-arbóreo da caatinga no município de Monteiro, PB, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte v. 20, n. 4, p. 887-898, 2006.
  5. MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. 1. ed. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004. 413p.
  6. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2008. 384 p.
5 de novembro de 2018. Visualizações: 17093. Última modificação: 27/05/2020 15:31:14