Descrição sumária
Planta muito popular da Caatinga, a Imburana se mostra muito presente na cultura, nos remédios e utensílios regionais em todo o sertão brasileiro, sendo uma árvore muito usada e conhecida.
Nomenclatura científica
A Imburana possui o nome científico Commiphora leptophloeos (Mart.) J. B. Gillet e pertence à família Burseraceae. Sinônimos: Bursera leptophloeos Mart; Bursera martiana Engl.; Icica leptophloeos Mart. (MAIA, 2012).
Nomes comuns
Amburana, amburana-de-cambão, emburana, imburana, imburana-brava, imburana-de-cambão, imburana-de-espinho, imburana-fêmea, imburana-vermelha, imburaninha, jamburana, umburana, umburana-de-espinho, umburana-vermelha.
Importância cultural/econômica
A espécie Imburana é utilizada no preparo de xarope (contra tosses e bronquites), tônico, e cicatrizante, no tratamento de feridas, gastrite e úlceras (CNIP, 2017a). Bastante empregada localmente para a escultura primitiva, confecção de objetos e utensílios caseiros, como cangalha ou cambão (usados para impedir que animais atravessem cercas). Devido a suas características, a espécie é muito recomendada para arborização. Sua madeira é usada também na marcenaria, na fabricação de móveis e em serviços leves, como obras de entalhe, caixotaria, objetos e utensílios caseiros e na construção civil, em portas, janelas e esquadrias, além de ser usada como estaca em obras externas (CARVALHO, 2009).
Importância ecológica
Commiphora leptophloeos é considerada uma espécie chave para a manutenção das abelhas nativas. Várias espécies de abelhas sociais, e também solitárias, constroem seus ninhos em ocos existentes nos seus troncos. Ninhos de abelhas sem ferrão, como da espécie Melipona subnitida (jandaíra), são frequentemente encontrados nessas árvores. Portanto, o uso da imburana para a recomposição de áreas degradadas favorece a meliponicultura do nordeste.
Fenologia
O Projeto Caatinga faz o acompanhamento fenológico de 10 indivíduos de Imburana na Fazenda Experimental Rafael Fenandez, Mossoró, RN.
Distribuição geográfica
A Imburana tem ocorrência, no Nordeste brasileiro, nas Caatingas arbóreo-arbustivas de terrenos calcários e também no Pantanal Mato-grossense, nas matas chaquenhas. É também frequente no vale médio do rio São Francisco.
Referências
- MAIA-SILVA, C.; SILVA, C. I. da; HRNCIR, M. Guia de plantas visitadas por abelhas na Caatinga, 1. ed. Fortaleza, CE: Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.
- CARVALHO, P. E. R. Imburana-de-Espinho-Commiphora leptophloeos. Comunicado técnico. Colombo: Embrapa Florestas. p. 1-8. 2009.
- CNIP-Centro Nordestino de Informações sobre Plantas. Disponível em: <http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=6324>. Acesso em: 05 mar. 2017a.