Porte, forma da copa, cor e hábito de crescimento
Tronco reto a levemente tortuoso, geralmente ramificado a baixa altura. A copa é densa e larga, formato umbeliforme. Crescimento monopodial com galhos finos e não ocorre desrama natural. Altura variável entre 8 a 16 m, com diâmetro de 30 a 50 cm (LORENZI, 1992; CARVALHO, 2007).
Características vegetativas
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Casca e caule
Carvalho (2007) descreve que a casca externa possui coloração acinzentada a café-escuro, superfície áspera com aspecto rachado, libera facilmente placas retangulares ou em tiras. A casca interna tem coloração rosada, fibrosa e com estrias brancas. A madeira tem coloração branco-amarelada a bege-rosada.
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Folhas
Filotaxia alterna, folhas simples, formato varia entre ovalada ou lanceolada (mais larga próximo à base), consistência membranácea, com margem levemente denteada ou crenada, tomentosa em ambas as faces. O comprimento está entre 5 a 18 cm e largura entre 2 a 6 cm (LORENZI, 1992; CARVALHO, 2007).
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Flor
Inflorescência do tipo panícula contendo até 40 flores. As flores possuem coloração amarelada, tamanho pequeno (5 mm a 10mm de comprimento) e ligeiramente perfumadas (CARVALHO, 2007).
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Fruto
Segundo Sobrinho e Siqueira (2008), o fruto tem coloração preta quando maduro, é uma cápsula globosa loculicida com cinco fendas estreitas, superfície apresenta excrescências curtas (muricado) e consistência lenhosa. Duro e seco internamente. Contém em média 46,6 sementes (PAIVA; GARCIA, 1999) imersas numa polpa doce e mucilaginosa (CARVALHO, 2007).
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Sementes e síndrome de dispersão
Ovóides, coloração acinzentada, tegumento duro (apresenta dormência tegumentar), de 3 mm a 5 mm de diâmetro. A dispersão de frutos e sementes ocorre através de animais (zoocórica) (BRINA, 1998), principalmente aves e peixes; também são dispersas por mamíferos (LOPES et al., 1987).
Referências
BRINA, A.E. Aspectos da dinâmica da vegetação associada a afloramentos calcários na APA Carste de Lagoa Santa, MG. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1998.
CARVALHO, P. E. R. Mutamba – Guazuma ulmifolia. Circular Técnica, 141, Embrapa Florestas, 2007, 1-13 p.
LOPEZ, J. A.; LITTLE JUNIOR, E. L.; RITZ, G. F.; ROMBOLD, J. S.; HAHN, W. J. Arboles comunes del Paraguay: ñande yvyra mata kuera. Washington: Cuerpo de Paz, 1987, 425 p.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1998. 21 p.
PAIVA, D. Q.; GARCIA, Q. S. Germinação de sementes de Guazuma ulmifolia Lam. (Sterculiaceae). In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 50., 1999, Blumenau. Programas e Resumos. Blumenau: Sociedade Botânica do Brasil/Universidade Regional de Blumenau, 1999. 130 p.
SOBRINHO, S. D. P.; SIQUEIRA, A. G. D. Caracterização morfológica de frutos, sementes, plântulas e plantas jovens de mutamba (Guazuma ulmifolia Lam. – Sterculiaceae). Revista Brasileira de Sementes, v. 30, n. 1, 114-120 p., 2008.