A biomassa é o resultado da produção primária que (RICKLEFS, 2010) é a transformação de energia luminosa em energia de ligações químicas em carboidratos por meio da fotossíntese. Em outras palavras a biomassa florestal é formada pela combinação de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e água (H2O), absorvidas pelas raízes das plantas através da reação química: fóton + CO2 + H2O (CH2O) + O2 e quando queimada com eficiência, libera energia produzindo de forma cíclica dióxido de carbono e água, motivo pelo qual é considerada um recurso renovável (BRAND, 2010). Com enfoque em florestas, a biomassa, pode ser toda a massa presente nesse tipo de formação vegetal ou apenas na fração arbórea e pode ser chamada de fitomassa florestal ou fitomassa arbórea (SANQUETA, 2002).
Informações sobre a fitomassa, principalmente do componente arbóreo, são necessárias para planejamento de atividades econômicas e ambientais, tais como políticas de uso do recurso madeireiro, manejo florestal, a quantificação da ciclagem de nutrientes, a quantificação para fins energéticos e como base de informação para estudos de sequestro de carbono entre outros (COSTA et al., 2002; SILVEIRA et al., 2008).
Higuchi et al. (1998), cita que os estudos para quantificação de biomassa florestal dividem-se em métodos diretos (ou determinação) e métodos indiretos (ou estimativas). Como determinação entende-se que é feita uma medição real diretamente na biomassa por meio da derrubada e pesagem de todas as árvores de uma determinada parcela e a posterior extrapolação da amostra para a área total. Por outro lado, a estimativa de biomassa aérea consiste em correlacioná-la com alguma variável de fácil obtenção e que não requeira a derrubada das árvores, por meio de razões ou regressões de dados oriundos de inventários florestais (dap, altura e volume), de dados de sensoriamento remoto (imagens de satélite) e utilizando-se uma base de dados em um sistema de informação geográfica (GIS).
Referências
- BRAND, M. A. Potencial de uso da biomassa florestal da caatinga, sob manejo sustentável, para geração de energia. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 27, n. 1, p. 117-127, 2017.
- COSTA, T.C.C.; ACCIOLY, L.J.O.; OLIVEIRA, M.A.J.; BURGOS, N. E SILVA, F.H.B.B.. Phytomass mapping of the “Seridó caatinga” vegetation by the plant area and the normalized difference vegetation indeces. Scientia Agrícola, Piracicaba, n. 59, p. 707-715, 2002.
- HIGUCHI, N.; SANTOS, J.; RIBEIRO, R. J.; MINETTE, L.; BIOT, Y. Biomassa da parte aérea da vegetação de floresta tropical úmida de terra-firme da Amazônia Brasileira. Acta Amazônica, Manaus, v. 28, p. 153-165, 1998.
- RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2010. 546p.
- SANQUETTA, C. R. Metodologias para determinação de biomassa florestal. In: SANQUETTA, C. R. et al. (Eds.). As florestas e o carbono. Curitiba: UFPR, 2002. p. 119-140.
- SILVEIRA, P., KOEHLER H. S., SANQUETTA, C. R., ARCE, J. E. O estado da arte na estimativa de biomassa e carbono em formações florestais. Revista Floresta, Curitiba, v.38, n.1, p.185-206, 2008.