Conhecida popularmente como: orelha-de-negro, timboril, orelha-de-macaco, timbaúva, timboúva, timbó, tambaré, ximbó, pau-de-sabão pacará, vinhático-flor-de-algodão. (LORENZI, 2008); (ARAUJO; SOBRINHO, 2011). A Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong é uma espécie arbórea nativa da Caatinga é que pertence à ordem Fabales, da família Fabaceae-Mimosoideae (APG III, 2017).
A Timbaúba (Figura 01) é uma das árvores de maior porte da Caatinga, possuem entre 20 e 35 m de altura, com tronco de casca fina, cor acinzentada com ritidoma lenticelado, levemente estriado e diâmetro variando entre 80 e 160 cm, são árvores frondosas com copas amplas (LORENZI, 2008).
Com folhas alternas espiraladas com 1,0 a 1,5 cm de comprimento, estipuladas, compostas bipinadas, com 2 a 7 jugas, foliólos lanceolados a oblongo-elípticos ou ovalados e glabros. Flores (Figura 02) de coloração clara geralmente brancas, dispostas em umbelas axilares e fruto (Figura 03) do tipo vagem na coloração negra, com formato contorcido e indeiscentes, contendo sementes duras e amareladas (LORENZI, 2008).
A madeira é leve (densidade 0,54 g/cm³), macia ao corte, grã direita para irregular, pouco resistente, medianamente durável, com alburno diferenciado. (LORENZI, 2008).
Floresce entre períodos de meados de setembro até novembro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de junho a julho, no entanto permanecem na árvore por mais alguns meses (LORENZI, 2008).
Ecofisiologia
A eficiência do crescimento de mudas está relacionada à habilidade de adaptação das plântulas às condições de intensidade luminosa do ambiente (MELLO, 2008). A disponibilidade de luz em ambientes florestais é um dos fatores que influenciam, ali, o desenvolvimento das plantas; em função da sua resposta a este fator, as espécies podem ser classificadas como pioneiras ou heliófitas (requerem radiação solar direta para a germinação e crescimento satisfatório) e clímax ou umbrófilas (tolerantes ao sombreamento inicial, podendo germinar e desenvolver-se em dossel fechado, com pouca luz) (SWAINE & WHITMORE, 1988).
Inúmeros fatores ambientais, dentre eles disponibilidade de luz, água, temperatura e condições edáficas, influenciam no desenvolvimento das espécies vegetais. O suprimento inadequado de um desses fatores pode reduzir drasticamente o vigor e limitar o desenvolvimento (Scalon et al., 2001). Dentre esses fatores, a luz, especialmente se considerando sua intensidade, é vital ao desenvolvimento das plantas podendo interferir, entre outros processos, na taxa de fotossíntese e crescimento vegetativo (FELFILI et al., 1999).
Distribuição geográfica da espécie
A ocorrência das espécies abrange as regiões do Pará, Maranhão e Piauí até o Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, nas florestas pluviais e semidecídua. É particularmente frequente na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná (LORENZI, 2008).
REFERÊNCIAS:
- APG III. Angiosperm phylogeny. Disponível em: <http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/>. Acesso em: 25 de janeiro de 2018.
- ARAÚJO, A. P.; SOBRINHO, P. Germinação e produção de mudas de tamboril (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong) em diferentes substratos. Revista Árvore, Viçosa, v. 35, n. 3, p. 581-588, 2011.
- FELFILI, J. M. et al. Comportamento de plântulas de Sclerolobium paniculatum Vog. Var. rubiginosum (Tul.) Benth. Sob diferentes níveis desombreamento, em viveiro. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 297-301, 1999.
- LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Nova Odessa. Plantarum. 5ed. 384p. 2008.
- MELLO, R. R. Crescimento inicial de mudas de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. Sob diferentes níveis de luminosidade. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 3, n. 2, p 138-144, 2008.
- SWAINE, M.D.; WHITMORE, T.C. On the definition of ecological species groups in tropical rain forests. Vegetatio, v.75, p.81-86, 1988.